N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.

"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O acorde das nuanças imortais

O Branco, envolvendo lentamente o rio negro do tempo com todas as cores, incorporando e fluindo numa união-encanto que nutre o âmago insondável das pulsações, toando em onda-melodia a luminância exatamente discreta ou sublinhada, carregando música entre curvas e pontos religados, oferendando em ritmo alternante o escorrer das horas em perene dissolver e reintegrar, assovios-marulho sutilmente esvoaçando o útero de todas as criações,

explode escorchante encadeando uma lira sem origem nem parada, solfejo, murmúrio e grito num composto em que centro e fronteira inexistem, luz no obscuro, raio raro e peregrino.

Um comentário:

Gelly A. disse...

O poema é puro fluir, como uma cachoeira. Prosa poética bem feita é assim. :-)