N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.

"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A origem do Tahash

Pesquisas arqueológicas recentes inflamam onda do Sagrado Tahash

Realizados por um pool de Universidades do Brasil, da Guatemala e do Irã, estudos apontam datas tão remotas quanto o século 19

Escavações de uma equipe interdisciplinar, comandada pelo pós-doutor Alois Perdy, 48, da Universidade Federal de Minas Gerais, e pela doutora Janahy Padar, 37, da Universidade de Teerã, resgataram documentos de migração datados das últimas décadas dos anos 1800. Intactos sob uma estrutura metálica de toneladas, uma série de arquivos da cidade perdida de Jerusalém rejubilaram o mundo científico, dando os primeiros sinais documentais diretos em quase nove séculos.

O novo artigo da dupla de doutores, publicado na revista Science do mês passado, destaca o surto-relâmpago de migrações de Jerusalém para a Etiópia, nos anos 1893-1897. Cerca de duzentos habitantes da cidade perdida mudaram-se para o país africano nesse período. Dados oficiais da Etiópia confirmam todos os nomes, menos cinco. Cruzando os bancos de dados com os de outras nações, os nomes surgem em três países caribenhos: Cuba, Bahamas e Jamaica.

Como nada ainda de concreto se sabe sobre a origem do Tahash, a dupla de cientistas e sua equipe propôs-se a investigar todos os indícios que possam associá-lo à cidade perdida. A teoria do "Tahash Sagrado" alega que a origem se encontra em Jerusalém, e os praticantes da doutrina acreditam que, em duas grandes eras do zodíaco, a cidade perdida se tornará novamente a cidade sagrada, sendo habitada pelos descendentes dos fundadores das três grandes religiões monoteístas ocidentais.

"É um ninho de marimbondos", desabafou Alois. "Seja o que for que você descobrir, vai agradar muita gente, vai desapontar muita gente, e se não espirrar nada vermelho na sua camisa, você já tá no lucro".

Dados oficiais da Organização Mundial da Saúde (ONU) indicam que 57% da população economicamente ativa mundial usam o tahash com regularidade (ao menos uma vez por mês), 31% com frequência (ao menos uma vez por semana) e apenas 14,3% nunca experimentaram. Restam ainda treze países onde o tahash é proibido, mas, em pelo menos outros quinze, projetos de lei para proibir ou regulamentar o seu uso são debatidos nas assembleias.

Clyviya Nottlam,
Estonian Associated Press

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