N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.

"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Gargarejos e escafandros

A música? Só me toca no pessoal. Não tenho ouvido de músico, não sei afinar violão, quando canto, gargarejo. Mas tem umas no varejo que tive por receber, e no atacado me inteiro, se não me apossuo. Daí que numa dessas trombadas corteses me regalaram, era um Chico, já ouviu falar? Nadei com escafandros pelas memórias de milênios, encontrei lugares, me acredite, cidades inteiras, e não pude escapar. O amor me fisgou pela entranha, veja bem, durava mil anos! Então a moçoila teve o que não queria. Impactada com o vigor dos séculos, ouviu o lamento doce que a viola e o batuque alegre ampliavam como um alento. O que aconteceu? Não tenho nada a provar. O nome continua batendo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nada é pra já. Nem amor nem mesmo milênios que custam a passar.

Trocamos de lado? Agora é você quem desconcerta? A posição desconcertada chega a doer, qual poesia dói.