N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.

"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Pensamentos-Semente


O Amor se difunde do meu centro a todo o ambiente da Terra.

A Sabedoria e a atitude da compreensão, solidariedade e boa vontade se expandem no Planeta.

A Paz nasce e cresce em nós, fluindo, alcançando e preenchendo mais e mais lugares.

A Bondade toca os nossos corações e nós a reproduzimos em nosso cotidiano. 

Eu envio energias amorosas a todos, conhecidos e estranhos, do meu e de todos os países.

Eu envio energias amorosas a todos, nos planos material, emocional, mental e espiritual. 

As nossas almas, unidas no Bem, transbordam, em pensamentos, palavras e ações, na realidade de um mundo que tornamos cada vez melhor.


[A serem usados como mantras na meditação e no dia a dia]

terça-feira, 13 de junho de 2017

Resenha de cinema: "Algumas Garotas" (2013)


"Some Girl(s)"
89'

Direção:
Daisy von Scherler Mayer

Roteiro:
Neil LaBute

Baseado na peça de:
Neil LaBute

Elenco:
Adam Brody, Kristen Bell, Zoe Kazan,
Jennifer Morrison, Mía Maestro, Emily Watson

SINOPSE

Um jovem escritor, prestes a se casar, procura, em diferentes cidades dos EUA, algumas de suas ex-namoradas, para passar a limpo seus relacionamentos antigos e reparar transgressões que cometeu.

RESENHA

Este filme, categorizado erroneamente como comédia em vários sites, não é um filme para diversão. É para reflexão. O que temos aqui é um drama psicológico. Um drama bastante pesado.

| Spoilers a partir deste ponto |

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A busca de uma sociedade mais justa e mais equilibrada


Em tempos de cortes no orçamento público e reformas que penalizam os cidadãos que não fazem parte do estrato mais rico da sociedade (que pode até ser resumido, de certo modo, em mais ou menos 1% da população), há de se perguntar se é realmente justo que, numa suposta tentativa de melhorar a economia e as taxas de desemprego, use-se a tática de precarizar ainda mais a situação financeira da parte menos rica da população, ou, para dizer de outra forma, da parte mais pobre da população.

Na verdade, o que os poderes políticos e econômicos instituídos desejam é aumentar ainda mais a sua já escandalosa superioridade monetária em relação ao resto do mundo (pois se trata, aqui, de um processo global).

Nesse sentido, é importante lembrar o estudo, (relatório original aqui) apresentado neste ano (2017) no Fórum Econômico Mundial de Davos, feito pela ONG Oxfam, que, entre outras coisas, mostra que:

. Oito homens brancos detêm a mesma riqueza de toda a metade mais pobre da população mundial *

. 1% da população mundial detém a mesma riqueza dos 99% restantes **

. Os 1.810 maiores bilionários do mundo, dos quais 89% são homens (segundo a revista Forbes), detêm a mesma riqueza dos 70% mais pobres da população mundial ***

. Os 50% mais pobres do planeta detêm menos de 0,25% da riqueza mundial ****



* Relatório Oxfam, página 2

** Relatório Oxfam, página 12

*** Relatório Oxfam, página 5

**** Relatório Oxfam, página 11

O relatório pode ser acessado aqui:

"Uma economia para os 99%"

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Reportagem da Deutsche Welle:

"ao mesmo tempo em que muitos salários se encontram estagnados, as remunerações dos presidentes e altos diretores de grandes empresas têm disparado. 'Os investimentos em saúde e educação são cortados, enquanto as corporações e os super-ricos reduzem ao mínimo sua contribuição fiscal'".

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Dentro do sistema econômico em que vivemos, certas profissões, cargos e posições são excessivamente mais bem recompensadas monetariamente do que outras, de maneira injustificável, uma vez que a carga e a importância do trabalho não são tão diferentes a ponto de gerar tamanho abismo.

O capitalismo é como um cavalo selvagem. Ele precisa ser domado para que a Humanidade caminhe com ele proveitosamente, sem risco de se machucar com coices e movimentos bruscos - e de perder o seu rumo.

Caso contrário, ele pode gerar uma desigualdade tão extrema, em termos de renda, que chega a obstruir os direitos que, como civilização, decidimos que são básicos para qualquer ser humano.

A maneira mais conhecida de domar o capitalismo é através das leis - particularmente, dos impostos e sua utilização na concessão de direitos sociais universais, como acesso à saúde, à instrução, a uma vida segura e à aposentadoria, e do estabelecimento de um valor mínimo para o salário de todas/todos as/os trabalhadoras/es, que lhes permita uma vida plena, do ponto de vista aquisitivo.

Os impostos que deveriam compor a maior parte do montante arrecadado são os ligados à renda, como salários, lucros e dividendos, com uma gradação que incida com porcentagens cada vez maiores, à medida em que os rendimentos aumentem.

Mais recursos estariam disponíveis, assim, para ser investidos nos serviços públicos referidos acima - e, também, no sistema previdenciário, que não dependeria somente das contribuições de trabalhadores e empregadores.

A divisão em estratos de riqueza ainda existiria, mas a distância entre um e outro não seria tão grande (ou imensa, como é hoje).

Ao mesmo tempo, o desejo do enriquecimento ou da manutenção da riqueza, que move tantos e é considerado por muitos o motor do desenvolvimento, conservaria o seu espaço - dando maior relevo, porém, à importância dos outros valores da vida.

A isenção dos impostos ligados ao consumo, especialmente aos produtos mais básicos e também aos que podem proporcionar a evolução de toda a sociedade, também é justa e necessária, além de benéfica para todos os estratos sociais.

Mas elaborar leis não é suficiente.

Paralelamente a isso, para que os indivíduos que ocupam os cargos públicos, responsáveis pelo manejo dos recursos arrecadados, os utilizem de forma honesta e competente, é fundamental haver também uma mudança ética na sociedade como um todo.

Não se pode esperar que essa mudança venha exclusivamente a partir dos/das governantes, legisladores/as e juízes/as. Afinal, eles/elas refletem e reproduzem, sob vários ângulos, o que nós somos como coletividade.

A regeneração deles/delas está condicionada à de toda a população, e esta só acontecerá quando cada um de nós procurar constantemente se transformar para melhor, tanto em relação ao cumprimento das leis institucionalizadas, como também quanto ao senso de justiça e respeito nas relações cotidianas com outras pessoas, sejam próximas ou estranhas.

Quando uma pessoa busca sinceramente evoluir eticamente, toda a sociedade evolui junto com ela. Toda pessoa faz diferença. Suas atitudes, comportamentos e mentalidades influenciam a maneira como o mundo caminha. E todos temos margem para tornarmo-nos seres humanos melhores, sempre.

Tomando as rédeas da evolução de nossas vidas particulares, em termos de honestidade, cuidado, solidariedade, responsabilidade e respeito, estamos tomando as rédeas da evolução de nossa vida como sociedade.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Asa

Você é como alguém que morreu em mim
e me deixou flores.

Você passou, embora ainda viva,
inscrevendo no espelho da minha lembrança
o seu inelutável e sublime contorno.

Não te contemplo como antes,
mas em horas terríveis
você aparece e me apazigua
como se nunca houvesse ido.

Você não é mais uma algema.

É um furo de sol em meio às nuvens,
despontando inusitadamente
em dias obscuros e gelados.

Você é alguém que nasceu em mim
e brotou como uma asa.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Citação: Emmanuel

"Conserva a serenidade ante as escolhas do próximo e vive a própria vida, deixando aos outros a liberdade de viver a existência que Deus lhes concedeu."

Calma
(1978)

Emmanuel

(por Francisco Cândido Xavier)